Campo Grande (MS) – A inauguração do Laboratório de Verificação de Medidores de Umidade da AEM/MS (Agência Estadual de Metrologia, órgão delegado do Inmetro), é mais um instrumento que potencializa e agrega valor à produção agrícola de Mato Grosso do Sul. A avaliação é do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, pasta à qual a agência é vinculada.
O laboratório foi inaugurado na manhã desta terça-feira (11), na sede da AEM/MS, em cerimônia simples e com os cuidados necessários em decorrência da pandemia Covid-19. “Mato Grosso do Sul se referencia de maneira positiva no agronegócio com a inauguração desse laboratório, que dará segurança ao produtor de que o investimento feito por ele para secar e armazenar os grãos dará o retorno esperado. “Não há uma semana em que não aprovamos mais uma estrutura para armazenamento de grãos no Estado”, disse Verruck.
O ato contou com as presenças do diretor presidente da AEM/MS, Nilton Pinto Rodrigues; de Jaime Verruck, que também representou o governador Reinaldo Azambuja, e foi exibido um vídeo com mensagem do presidente do Inmetro, Marcos Heleno Guerson Júnior, especialmente para a ocasião. Também estava presente Felipe Velho Mondragon, neto do ex-servidor da AEM/MS Deoli Pereira Velho, que trabalhou por 26 anos no órgão até se aposentar em 2010 e agora empresta seu nome ao novo laboratório.
O laboratório
O Laboratório de Verificação de Medidores de Umidade da AEM/MS vai atestar e certificar os medidores de umidade das empresas que prestam esse serviço aos produtores rurais. A diretora técnica da AEM/MS, Luciana Boni Cogo, explicou como será feito o procedimento. Amostra dos grãos será submetida a três medidores de diferentes modelos para avaliar o grau de umidade presente. No caso do milho, por exemplo, são seis repetições em cada equipamento. É normal que haja pequena variação nos resultados, disse Luciana. Por isso os técnicos consideram a média dos resultados obtidos.
Após essa verificação, a amostra é pesada e fica por 72 horas em uma estufa para retirada da umidade. Passado esse tempo, é retirada da estufa e pesada outra vez para se conhecer seu peso seco. “Os resultados são analisados (média, desvio padrão e fator de correção). Essa mostra será utilizada tanto para medida padrão dos medidores do laboratório quanto dos medidores em campo. A diferença não pode ultrapassar 0.8% e o grau de repetibilidade não pode ultrapassar 0.4%, pois será reprovado”. O mesmo procedimento, usando grãos da mesma amostra, é feito com os medidores das empresas que prestam serviços aos produtores rurais.
A umidade dos grãos pode provocar perdas durante o armazenamento e é um componente fundamental na formação dos preços. Quanto mais seco o grão, maior o valor de venda.
Veja abaixo fotos da solenidade:
Texto: João Prestes, Semagro